Tire o saleiro da mesa

Pesquisas recentes sugerem que a ingestão de sal inferior a 5 gramas, ou meia colher de chá, por dia tem efeitos benéficos para a saúde. O excesso de sal, porém, pode causar até osteoporose.

Existem diversos tipos de sal, sendo que os mais consumidos no Brasil são:

Sal refinado, entre todos é o mais utilizado. Por lei ele deve ser acrescido de iodo para evitar a incidência de bócio na população;

Sal marinho, que é apenas moído. Por não ser refinado, não tem obrigatoriedade de adição de iodo, porém, algumas marcas produzem o sal marinho iodado;

Sal grosso, muito utilizado em churrascos, também não é refinado.


O grande vilão é o sódio, um mineral que, quando unido a outro chamado cloro, forma o cloreto de sódio, ou “sal de cozinha”. O sódio constitui cerca de 2% do conteúdo total de minerais do corpo humano. Está distribuído por todos os fluidos no organismo, dentro e fora das células.

No reino vegetal quase não encontramos sódio. Frutas, legumes, verduras, cereais e leguminosas (feijões) são pobres em sódio, exceto as algas, o aipo e o espinafre que possuem uma concentração mais significativa desse mineral.

Os alimentos fontes de sódio são os de origem animal como as carnes, frutos do mar leite, queijos e alimentos industrializados em geral como temperos prontos, embutidos, frios, enlatados, conservas e defumados.

A alta ingestão de sódio aumenta a excreção de cálcio, podendo ocasionar a osteoporose, principalmente na pós-menopausa. Além disso, é responsável pela hipertensão arterial, por contribuir para a retenção de água no organismo, sobrecarregando o coração.

Segundo recomendações atuais da OMS (Organização Mundial da Saúde), adultos devem consumir menos de 2000 mg de sódio, ou o equivalente a 5 g de sal por dia, o que pode resultar em redução da pressão arterial e de doenças cardiovasculares.

Estudos recentes sugerem que a ingestão de 3 g de sal (ou ½ colher de chá) por dia terá um efeito benéfico ainda maior para a saúde cardiovascular. O objetivo dos pesquisadores foi analisar os efeitos da redução de sal sobre a pressão arterial, hormônios e lipídios do sangue em indivíduos normotensos e hipertensos. Para a realização desta pesquisa, foram reunidos 34 estudos clínicos, totalizando 3.230 pessoas avaliadas.

Os autores do estudo concluíram que “A associação significativa observada entre o consumo médio de 3 g de sal/dia com a redução de sódio urinário em 24 horas e a queda na pressão arterial indica que maiores reduções na ingestão de sal produzem efeitos benéficos para a prevenção da hipertensão, derrames, ataques cardíacos e insuficiência cardíaca entre as populações”.

É muito comum na culinária do dia a dia, a utilização de sal e temperos prontos para o preparo dos mesmos alimentos, e ainda o uso do saleiro na mesa durante a refeição, o que nos induz a temperar ainda mais nossos pratos.

Para evitar este exagero os saleiros devem ser retirados da mesa, os temperos prontos devem ser substituídos por ervas aromáticas frescas ou desidratadas como salsinha, cebolinha, cebola, alho, alecrim, orégano, manjericão, louro, etc., assim, o sabor será mantido e a sua saúde preservada.

O seu corpo agradece!

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